Japão! JR Pass, adquirir ou não?

O Japão é um país maravilhoso e coberto de ponta a ponta por uma excelente malha ferroviária. Apesar da facilidade em viajar de trem pelo Japão, os preços das passagens realmente assustam.

Pensando nos turistas que viajam pelo país, os japoneses criaram o Japan Rail Pass, que é um passe de trem onde você paga por um período pré-determinado e pode utilizar determinados trens à vontade e sem custos adicionais, incluindo o famoso trem bala (shinkansen).

Mapa do Japão mostrando as diversas opções que o JR Pass te dá. 

Se você tem ideia de conhecer diversos pontos do país, é extremamente aconselhável que se informe mais sobre este passe de trem e se ele realmente fará com que você poupe dinheiro.

A primeira coisa que você deve saber sobre o JR Pass é que ele só é vendido para turistas e só pode ser comprado fora do Japão. Você encontra este passe em agências de turismo autorizadas. Tenha em mente que em alguns casos demora entre uma e duas semanas para você ter o passe em mãos.

O valor vai depender da classe que você escolher e da quantidade de dias (consecutivos) que pretende usar: Classe Econômica = 7 dias (€$264,00) e 14 dias (€$391,00); Primeira Classe = 7 dias (€$335,00) e 14 dias (€$502,00). Estes valores são baseados em cotação de fevereiro de 2014, ainda há opção para 21 dias (infelizmente não tenho esta cotação).

A pergunta que todo mundo faz é: Vale a pena comprar este passe? Se você pretende fazer uma grande quantidade de trechos num curto intervalo de tempo, a resposta é sim.

O aconselhável é que você estude bem o seu planejamento de viajem e analise os custos de cada trecho comprado avulso.

Infelizmente não tivemos muito tempo para analisar as vantagens e desvantagens do JR Pass no nosso roteiro. Poucas semanas antes da viagem, na pressa para ter tudo em mãos compramos o passe em classe econômica por 14 dias consecutivos. Depois percebemos que teria sido mais vantajoso ter comprado o passe somente por 7 dias consecutivos, e já explico porque.

Nosso roteiro.

Apesar de o JR Pass poder ser usado do Aeroporto para Tóquio e em boa parte de Tóquio e redondezas, teria sido mais barato se comprássemos o passe de 7 dias para usar na parte final de nossa viagem (ida para Quioto, Hiroshima e retorno a Tóquio) e comprássemos os tickets avulsos para os dias iniciais em Tóquio e redondezas. No fim das contas poupamos bastante, mas poderia ter sido bem mais barato.

Os vagões da classe econômica são muito confortáveis, com espaço para bagagem em cima da cabeça (como nos ônibus) e na entrada dos vagões. Para alguns trechos (Tóquio/Quioto, por exemplo) é sugerida a reserva dos assentos. Existem vagões onde a reserva não é necessária, mas se você está viajando acompanhado não custa nada reservar o assento e garantir que viajará sentado ao lado de sua companhia.

Um dos vagões de um trem bala.

Ticket do trem de Tóquio para Quioto.

O JR Pass funciona da seguinte forma: quando você compra o passe com a agência de viagens, você recebe algo semelhante a um voucher. Esse voucher deve ser trocado no Japão (em algum escritório do grupo JR) por um talão semelhante a um passaporte. Quando você desejar usar um trem, você deve passar por uma área ao lado das catracas normais, onde você deve mostrar o talão para os atendentes e eles liberam a sua passagem. Então é só encontrar o seu trem e seguir viagem.

JR Pass. 

Enfim, sugiro que você perca um tempo antes de sua viagem analisando as vantagens e desvantagens na aquisição do JR Pass, pra ter uma ideia só a passagem de ida e volta de Tóquio para Quioto quase cobre o valor do passe de 7 dias consecutivos (¥$26440,00 cerca de U$270,00).

Barcelona - Espanha.

Barcelona é a segunda maior cidade da Espanha, perdendo somente para a capital Madrid. Pertence à comunidade autônoma chamada de Catalunha, que possui até mesmo uma língua própria (o Catalão) bem diferente do espanhol. Nas ruas veem-se placas escritas nas duas línguas (catalão e espanhol). Essa bela cidade litorânea possui uma população de praticamente 1,7 milhão de habitantes (2012).

Esse texto será dividido em duas partes, na primeira vou ponderar sobre todos os pontos onde passei na minha primeira visita a Barcelona em janeiro de 2009 (todas as referências de preços serão daquela época). Na segunda parte vou ponderar sobre alguns lugares diferentes que visitei em março de 2013 e atualizar os valores de entrada dos pontos onde já havia passado.

PARTE I

Chegamos ao Aeroporto Internacional de Barcelona vindo num voo de Madrid (pela Vueling / R$165,00). Do aeroporto até o Centro histórico pegamos um trem por €$ 2,80 (que pára na Plaça de Catalunya). Ficamos no Hotel Inglés (Boqueria, 17 - Centro Histórico) onde pagamos €$ 172,50 por três diárias, um hotel simples, mas bem localizado (a uma quadra da Estação Liceu, e da “Las Ramblas”).

Vou ponderar algumas considerações sobre os locais que visitamos:

Parte do Centro histórico e Port Vell. 1) Mirador de Colón; 2) Rambla 

do Mar; 3) Maremagnum; 4) L’Aquárium e 5) Barceloneta.

A alameda conhecida como “La Rambla” é a mais famosa de Barcelona, localizada entre a Plaça de Catalunya e o Porto. No centro “entre uma rua que vai e outra que vem” há um calçadão onde se encontra de tudo um pouco. São milhares de turistas buscando lugar entre lojas de souvenir, bancas de jornal, restaurantes e artistas de todos os tipos.

La Rambla.

Nessa região que se encontra o Mercat de la Boqueria, uma joia rara pra quem gosta de mercados públicos (como eu). É um mercado que só vende produtos alimentícios, lá você poderá encontrar milhares de guloseimas para todos os gostos, é uma explosão de sensações, aromas, sabores, ... Há lebres e faisões pendurados, frutos do mar de todos os tipos e tamanhos, frutas (incluindo saladas de fruta bem originais), cogumelos, doces, o famoso e delicioso jamón (pernil de porco), entre outros... Infelizmente não vou lembrar o nome da banca, mas há uma banca que serve frutos do mar e cogumelos (uma das mais frequentadas). Peça pelo prato “mushrooms salteados”, uma mistura de diversos tipos de cogumelo diferentes salteados numa frigideira com tempero verde (salsa, cebolinha, etc...) e alho que sai por €$ 8,00. Um prato maravilhoso e apetitoso acompanhado por duas fatias de pão.

Mercat de la Boqueria.

Mercat de la Boqueria.

Mercat de la Boqueria, prato de cogumelos salteados.

No final da Rambla (em direção ao porto) se localiza o Mirador de Colón, uma estátua do descobridor da América apontando para o Novo Mundo.

Mirador de Colón.

Seguindo em direção ao porto chega-se na área conhecida como Port Vell, o antigo porto que foi revitalizado nos anos 80. Foi criado um ambiente bem aconchegante com lojas e restaurantes (um shopping chamado Maremagnum), além de varias opções de lazer como as golondrinas (barcos que fazem passeios pelo porto). Neste local se encontra o L’Aquárium, um dos maiores aquários da Europa com mais de 11 mil seres, além de diversos espaços para a diversão das crianças (€$ 17,00). Na região de Port Vell é comum a aglomeração de pessoas na “Rambla do Mar” tomando banho de sol e dando pão para as centenas de peixes e gaivotas que visitam o porto. Nos fins de semana rola uma feira de antiguidades bem interessante.

Lagosta no L’Aquárium.

Centenas de peixes na Rambla do Mar.

Ao lado do Port Vell fica um dos pontos mais badalados de Barcelona, a praia conhecida como Barceloneta, ponto de encontro dos jovens principalmente na sexta-feira à noite. Durante o dia é um ótimo lugar para dar uma caminhada no calçadão ou a beira mar.

Barceloneta

Próximo a Praia Barceloneta se encontra uma área com dezenas de atividades de lazer. Nessa região está o Zoológico, o Parc de la Ciutadella e o Arco do Triunfo. O Arco do Triunfo foi construído para ser o principal portão para a Exposição Universal de 1888. O Parc de la Ciutadella é um belo parque bem arborizado que abriga entre outras coisas o Museu de Ciências Naturais (Zoologia e Geologia).

Arco do Triunfo

O arquiteto catalão Antoní Gaudí é conhecido mundialmente pelo estilo próprio e pela audácia na maioria de suas obras. Barcelona é recheada de atrativos arquitetados por Gaudí, destacando a Sagrada Família, o Parc Güell, a Casa Batlló e a La Pedrera.

O Temple Expiatori de la Sagrada Família (metrô até a Estação Sagrada Família) é a maior e mais conhecida obra de Gaudí. A ideia inicial era a construção de uma igreja neogótica no local, que começou a ser construída em 1882, um ano mais tarde a obra foi confiada a Gaudí que mudou todo o planejamento, improvisando à medida que trabalhava. A obra é repleta de símbolos inspirados na natureza, e até hoje não esta concluída. Os arquitetos atuais ainda seguem as ideias originais de Gaudí que faleceu em 1926. A entrada no templo custa €$ 11,00 (9,00 estudante) e o acesso a uma das torres aonde se chega de elevador, custa €$ 2,50 (a vista é incrível). Até o momento, o templo possui duas fachadas: A Fachada da Natividade (concluída em 1930) e a Fachada da Paixão (concluída em 2000). Na fachada da Natividade predominam obras que mostram a infância de Cristo em estilo bem clássico, já a Fachada da Paixão mostra cenas da crucificação com um estilo mais moderno e bem anguloso. A ideia é que o templo seja finalizado em 2084... Ao redor da Sagrada Família há um parque com diversas lojinhas de souvenires e vários restaurantes.

Fachada da Natividade.

Fachada da Natividade.

Fachada da Paixão.

Fachada da Paixão

Documentos antigos mostrando a fase inicial da obra.

Vista de uma das torres.

Escadas para chegar as torres.

Vista interna.

Vista interna.

Vista interna.

Vista interna.

O Parc Güell (metrô até a Estação Vallcarca e siga as placas) foi arquitetado por Gaudí e Josep Maria Jujol (a pedido da família Güell) em 1910. A ideia era fazer uma minicidade com áreas de lazer, parques, etc... Hoje em dia o que se vê é um dos mais belos parques gratuitos do planeta (Patrimônio Mundial da Unesco) com pouco mais de 17 hectares de área. A entrada no parque é gratuita e entre os grandes destaques está a arquitetura colorida e divertida de Gaudí aliada à localização geográfica (o parque fica num ponto alto da cidade), que garante belíssimas vistas da cidade. É um ótimo passeio que pode durar algumas boas horas, vá com tempo para “se perder” entre as diversas trilhas.

Vista da área mais alta do Parc Güell.

Vista da área mais alta do Parc Güell.

Parc Güell.

Parc Güell.

Parc Güell.

Parc Güell.

Parc Güell.

Parc Güell.

O Morro Montjuïc (metrô até a Estação Espanya) é um antro de atrações... Logo saindo da Estação Espanya está a Plaza de Toros, onde eram feitas as touradas e hoje em dia abriga um shopping. No Morro Montjuïc foi construído o Parc Olimpic, área destinada as Olímpiadas de 1992. Também há um Museu Arqueológico, o Museu Nacional de Arte da Catalunha, além de outros museus e parques. No topo do morro há a Castell Montjuïc, que foi construído no século XVIII e hoje funciona como um museu militar. Os 213 metros no topo do morro proporcionam uma bela vista de boa parte da cidade. Existem várias formas de explorar o Montjuïc (que é enorme), a pé, ônibus, carro, bicicleta, enfim... No início da subida do morro algumas escadas rolantes ajudam os mais sedentários, nesta área há várias fontes onde no fim da noite acontecem shows de luzes e música (menos no domingo), é uma atração bem interessante e muito bonita. Tire um dia inteiro para visitar o Montjuïc e suas imediações.

Chegada ao Morro Montjuïc.

Castell Montjuïc.

Castell Montjuïc.

Show de luzes.

Show de luzes.

Show de luzes.

Show de luzes.

O Camp Nou é o estádio de um dos maiores clubes de futebol do mundo, o Barcelona. Foi inaugurado em 1957 e hoje possui capacidade para quase 100 mil lugares (99784 pra ser mais exato). Tive a oportunidade de assistir a um jogo deste maravilhoso clube: Barcelona 5 x 0 Deportivo. Na “La Rambla” há uma banquinha do Barcelona onde você pode buscar todas as informações sobre jogos e preços de ingresso, que variam bastante conforme a localização. Há a opção de fazer uma visita ao estádio em dias que não haverá jogo. Na parte II deste texto comento um pouco sobre isso.

Ingresso para o jogo.

Jogo Barcelona 5 x 0 Deportivo.

Jogo Barcelona 5 x 0 Deportivo.

PARTE II

Chegamos ao Aeroporto Internacional de Barcelona vindo num voo de Lisboa (pela TAP). Do aeroporto até o Centro histórico pegamos um ônibus que para na Plaça de Catalunya. Ficamos no Hotel La Terrassa (Junta de Comerç, 11 - Centro Histórico – www.laterassa-barcelona.com) onde pagamos €$ 139,40 por três diárias, um hotel simples, mas bem localizado (a uma quadra e meia da Estação Liceu, e da “Las Ramblas”).

Um passeio pela “Passeig de Gracia” (pouco mais de 1 km) pode ser bem interessante no que diz respeito à arquitetura catalã. Principalmente porque é nesta rua que se encontram duas importantes obras de Gaudí, a Casa Batlló e a La Pedrera. A casa Batlló não foi arquitetada por Gaudí (é uma construção que data do final do século XIX), porém foi ele quem reformou o prédio no inicio do século XX. Pode ser visitada por dentro pelo custo de cerca de €$ 20,00. A Casa Milà, também conhecida como La Pedrera foi construída entre 1905 e 1907, tem como característica mais marcante a ausência de linhas retas em sua composição. Pode ser visitada por dentro pelo custo de cerca de €$ 16,50.

Passeig de Gracia: 1) La Pedrera e 2) Casa Batló.

La Pedrera.

Casa Batló.

Como comentado anteriormente, o Camp Nou pode ser visitado diariamente. Pessoas que gostam de futebol vão se apaixonar principalmente pelo museu do clube. São milhares de peças contando toda a história do clube e de certa forma do futebol. Todos os troféus mais importantes estão lá, além de camisetas, luvas e bolas autografadas pelos craques que passaram pelo clube. O passeio passa pelas arquibancadas, vestiários, pelo corredor onde os jogadores passam para entrar em campo (onde há uma pequena capela), uma pequena parte do gramado e pelas cabines de TV e reportagens. A loja do clube possui um acervo gigante de opções de compra, tudo que possa ser vendido com o símbolo de um time de futebol eles tem! O custo da visita é de €$ 23,00.

Ticket de entrada.

Camisa usada por Maradona.

Melhor ano na história do time, temporada 2011-2012.

Vista geral do campo.

Escadaria que leva ao gramado.

Dentre as opções gastronômicas com baixo custo, há vários restaurantes tipo o nosso "buffet livre", dentre eles o Fresc CO, que custa €$ 9,95. Não deixe de degustar as os incríveis sabores do Mercat de la Boqueria e de provar a verdadeira Paella espanhola, que pode ser encontrada nos mais diversos restaurantes de Barcelona.

Panfleto do restaurante Fresc Co.

No mais é preparar a carregar bem as baterias da câmera fotográfica e partir para uma caminhada por esta cidade incrível e acolhedora.